E apresentar-se-á perante Eleazar, o sacerdote, o qual por ele consultará, segundo o juízo de Urim, perante o Senhor; conforme a sua palavra sairão, e conforme a sua palavra entrarão, ele e todos os filhos de Israel com ele, e toda a congregação. Números 27:21
Deus ordenou
que se pusessem doze pedras preciosas engastadas sobre o material tecido do
peitoral. Sobre cada pedra estava escrito o nome de uma das doze tribos.
Além dos
nomes das tribos, continham os seguintes palavras na placa peitoral:
"Avraham, Yitschac, Yaacov, Shivtê Yeshurun." Estas palavras
adicionais estavam distribuídas de maneira que cada pedra tinha o total de seis
letras.
O propósito era,
todas as letras do Alef-bet estarem incluídas na placa. Qual o motivo? Quando o
povo de Israel precisava consultar Deus sobre assuntos importantes, essas
letras se iluminavam, formando sentenças, a fim de transmitir a resposta de Deus.
A placa
portava os nomes de nossos patriarcas ( Abraão, Isaac e Jacó) e das tribos, para
servir como lembrete do mérito em sinal de honra dos antepassados e o das
tribos. As quatro colunas aludem ao mérito das quatro matriarcas ( Raquel, Bila
/ Lia e Zilpa) Gn. 30. 1-30. Esses méritos auxiliavam o Sumo Sacerdote a obter
expiação (Cobrir – tipifica Perdão) para o povo judeu.
Enquanto o
Sumo Sacerdote usava a placa, não podia em nenhum momento esquecer o povo
judeu. Tinha-os presentes (simbolizados pelos nomes das tribos) enquanto
cumpria o serviço Divino. Ao orar, pedia a Deus que os ajudasse e os
abençoasse.
|
Primeira
Fileira |
Nome |
Tradução |
Tribo |
|
Odem |
Rubi |
Reuven |
|
|
Pitdá |
Esmeralda |
Shim'on |
|
|
Bareket |
Topázio |
Levi |
|
Segunda
Fileira |
Nome |
Tradução |
Tribo |
|
Nofech |
Carbúnculo |
Yehudá |
|
|
Sapir |
Safira |
Yissachar |
|
|
Yahalom |
Diamante |
Zevulun |
|
Terceira
Fileira |
Nome |
Tradução |
Tribo |
|
Leshem |
Jacinto |
Dan |
|
|
Shevó |
Ágata |
Naftali |
|
|
Achlama |
Ametista |
Gad |
|
Quarta
Fileira |
Nome |
Tradução |
Tribo |
|
Tarshish |
Crisólito |
Asher |
|
|
Shoham |
Onix |
Yossef |
|
|
Yashfe |
Jaspe |
Binyamin |
Como as
Pedras Foram Cortadas
As pedras
preciosas em questão deviam ser cortadas de um certo tamanho. Porém Deus
proibiu que se usasse uma faca ou qualquer outro instrumento de metal para
cortar essas pedras. As pedras incrustadas e as letras talhadas deveriam ser
perfeitas, sem que faltasse a menor lasquinha sequer.
Como então,
poderiam ser cortadas?
Moíses sabia
que Deus havia criado um inseto de nome shamir, pequeno como um grão de cevada,
que possuía a habilidade de cortar qualquer material. Moises escreveu nas
pedras usando uma tinta especifica e colocou o inseto que, comer exatamente
sobre a tinta.
Foi notado em
2006, algo curioso acontece em uma curta faixa de água doce nas Filipinas nas
margens do rio Abatan, uma inseto de nome lithoredo abatanico: lito é a palavra
grega para pedra, e teredo se refere aos animais da família dos teredinídeos,
moluscos bivalves comuns pelos mares. E abatanica vem da região que apareceu.
Esse inseto tritura minerais e soltam excremento arenoso.
Fonte: https://super.abril.com.br/ciencia/verme-que-come-pedra-e-defeca-areia-intriga-cientistas/
Urim Ve'tumim,
o Pergaminho Contendo o Nome de Deus Embutido na Placa.
TRADIÇÃO JUDAICA
A placa
peitoral foi feita de tal modo que era dobrada ao meio, formando um bolso.
Neste bolso Moshê ( Moíses) inseriu um pergaminho sobre o qual escreveu o Nome Indizível
de Deus composto de setenta e duas letras.
Este nome
fazia com que certas letras gravadas sobre as pedras preciosas se acendessem em
resposta às questões que lhe eram perguntadas.
O nome Urim Tumim significa:
Urim - as
letras se acendiam (da raiz 'or', luz)
Tumim - sua
resposta era final e inalterável (derivado de 'tam', perfeito-inocente)
Por isso, a
placa peitoral além de ser chamada simplesmente de chôshen era também conhecida
como 'Chôshen Mishpat' (mishpat - sentença), uma vez que a decisão final sobre
cada assunto duvidoso era alcançada através da iluminação das pedras.
Apenas
assuntos referentes ao rei, ao tribunal ou ao povo judeu como um povo poderiam
ser consultados através das pedras. Não era permitido questioná-las para
propósitos particulares.
O questionador costumava ir ao Sumo Sacerdote, que portava os urim tumim. O Sumo Sacerdote voltava sua face em direção a arca (sobre a qual a Divindade pairava), e o inquiridor, de pé atrás dele, tinha de perguntar a questão em voz baixa, no tom de quem está rezando. O Sumo Sacerdote era então inspirado pelo espírito Divino. Ao olhar para as letras da placa que se acendiam, podia combiná-las corretamente e decifrar a resposta de Deus. Pararam de funcionar com a destruição do primeiro Templo Sagrado.
Fonte: https://pt.chabad.org/
